sábado, 30 de agosto de 2008

Prazo de validade

Um amor eterno que se perde na eternidade da indiferença
Aquele brilho no olhar que já não existe mais
O coração desacelera
No compasso que antes parecia infinito
Um sorriso que se fecha
À menor sensação de descontentamento
Já não existe o carinho de outrora
As longas conversas começam a ficar monótonas
Pessoas que separam pessoas
E as relações parecem não resistir
Cada momento juntos

Se perde na memória
Mal recordam se foram felizes
Não imaginavam que havia prazo de validade
E esse parece ter vencido
E vem a pergunta do tempo perdido
Perdido com alguém que foi embora
Em boa hora?
Na hora de ser esquecido.
     
{Tanmi)
       
'Atreve-se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera! São as afeições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito.'
     
{Padre Antônio Vieira)

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Presentes

Aparecendo para distribuir uns presentinhos que ganhei há um tempo (...)
Muiiito grata e feliz pelos selinhos! Obrigada pela consideração e pelos elogios, saibam que é recíproco.




       
Esses ganhei da Lilah e vão para:

- Janete
- Mary West
- Nathália


Esse ganhei da Dany e vai para:

- Marcelo
- Breno
- Maldito




       
Esses (super fofos!) ganhei da Janete e vão para:
       
- Lilah
- Marta
- Dany

Beijos à todos!

{Tanmi}

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Papel em branco

Um papel em branco
É tudo o que eu preciso.
É onde tudo começa.
Nele eu escrevo o que quero,
Não tenho que mostrar para ninguém,
Só deixar fluir, desabafar, desabar...
Não precisa ter linhas,
Deixo que o movimento do lápis siga seu curso,
Seja em retas ou curvas.
Nem precisa ser decorado,
Deixo que a beleza das palavras desenhem
Todo o sentimento.
Nele eu demonstro alegrias e tristezas,
Perdas e ganhos, conquistas e desamores...
Uso isso como válvula de escape,
Quando já não consigo reter as lágrimas
Ou conter as emoções.
Então escrevo para me distrair ou tentar esquecer.
Nem sempre as palavras ficam guardadas.
Eu simplesmente arranco a folha do caderno,
Amasso e jogo fora.
Ele já cumpriu sua missão.
Já me sinto melhor!
         
{Tanmi}
         
'À extremidade de mim estou eu. Eu, implorante, eu a que necessita, a que pede, a que chora, a que se lamenta. Mas a que canta. A que diz palavras. Palavras ao vento? Que importa, os ventos as trazem de novo e eu as possuo.'
         
{Clarice Lispector}

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Sobre escolhas e barreiras


Sente-se em eterna concorrência consigo mesma (...)
         
Entre a vontade e a falta de coragem
Entre o fazer e o cansaço
Entre o sorrir ou fechar a cara
Entre o sentir ou fingir que não sente
Entre a lembrança ou o esquecimento
Entre o sonho e a realidade
Entre falar ou ficar em silêncio
Entre o querer e o correr atrás
Entre as pessoas e o isolamento
Entre brigar ou a paz de espírito
Entre planejar ou viver o momento
Entre a amizade e a desconfiança
Entre o certo ou a incerteza
Entre o agora e a espera (...)
         
Não existe pior barreira ou concorrente mais forte,
Você é o seu maior obstáculo!
                 
{Tanmi}

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Fuga

Alçar vôos mais altos. É o que eu quero. Não tenho problemas dos quais fugir, desavenças e desamores já não importam. Não vou lamentar arrependimentos ou olhar para trás. Vou seguir em frente sem pensar, ou só pensar no que virá. Sonhos embutidos em pensamentos, ansiosos em ser realizados. Há muito tempo tenho estado impaciente, inquieta. Cansada da rotina, da mesmice, do igual. Eu quero um algo a mais. Às vezes chego ter raiva de mim mesma. Raiva por me deixar relaxar, por não agir, por continuar um ciclo que já devia ter sido encerrado. Minha mente vai mais além (...) Além desse lugar, dessa vida de sempre, esse sempre que não se vai, esse novo que eu só espero. Sinto que tenho muito a oferecer, muito a fazer. Muitas idéias, mas principalmente, ideais. Resolvi acordar. Já sei o que quero. Tenho objetivos traçados, basta seguir o caminho. Não tenho mais tempo a perder. Estou cansada dos mesmos rostos, deste mesmo cenário em que me sinto presa, mesmo estando livre. Quero que esse hoje seja passado e que o futuro que tanto espero chegue depressa. Mas não depressa demais, quero ter tempo para construir a minha ponte, a minha passagem. Mas isso é só o começo (...) Dizem que não se deve sonhar muito alto, pois maior ainda será a queda. Não me peçam para pensar na queda, penso apenas no momento do vôo. O mundo lá fora é muito grande para os meus medos, mas pequeno demais para os meus sonhos!
           
{Tanmi}
           
'Sinto-me espalhada no ar, pen­sando dentro das criaturas,
vivendo nas coisas além de mim mesma.
Quando me surpreendo ao espelho não me assusto
porque me ache feia ou bonita.
É que me descubro de outra qualidade.
Depois de não me ver há muito quase esqueço que sou humana,
es­queço meu passado e sou com a mesma libertação de fim e de
consciência quanto uma coisa apenas viva.
Também me surpreendo, os olhos abertos para o espelho pálido,
de que haja tanta coisa em mim além do conhecido,
tanta coisa sempre silenciosa.'
           
{Clarice Lispector}